Trotamundos
A história do coletivo começa quando, em reuniões do foto clube Monalisa Godoy, Daniele Caxias, Danilo Bandeira, Marcelinho Hora e Zack Moreira percebem que gostariam de ir além da técnica de fotografia. Dessa forma, o grupo começou a se reunir e estudar a fotografia por conta própria e desenvolveram o projeto “Quem faz a foto?”, que tinha aulas ministradas no CAPS Jael Patrício, no bairro Dom Luciano, em Aracaju. Foi nessa época que Alejandro Zambrana também se juntou ao grupo. Com o projeto em andamento e o crescimento da iniciativa, após uma exposição na Sociedade Semear, viu-se a necessidade de expandi-lo.
Foi então que surgiu o Trotamundos Coletivo, entre 2009 e 2010, com o objetivo de trabalhar com formação prática, cursos e promover uma nova forma de pensar a fotografia. Após certo tempo, alguns integrantes deixaram o coletivo e novos chegaram – Ana Lira e Arnon Gonçalves juntaram-se a Alejandro Zambrana e Marcelinho Hora na liderança do coletivo. Durante sua existência, promoveu alguns projetos, desde cursos de formação prática à projetos de orientação. Exemplos disso, são o “Conversando fotografia”, projeto de discussão da fotografia e de fotógrafos do estado; o “Fotografia de base”, para fundamentar os referenciais visuais dos alunos; o “Jornada pessoal”, para orientação de projetos fotográficos; e, o “Fotomusicografia”, para desenvolver fotografia de música.
Definido por Marcelinho Hora como um coletivo não só fotográfico, mas audiovisual, o Trotamundos teve influências do fotojornalismo e de grandes nomes da fotografia, como Eustáquio Neves, Lineu Lins e Miguel de Rio Branco. Em seu percurso, se tornou referência da fotografia sergipana, chegando a ser incluído no catálogo de fotógrafos da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. Os principais trabalhos fotográficos do coletivo foram o “Mercado 24h” (2010), que misturava uma narrativa real e poética para contar histórias de quem trabalhava no Mercado Municipal Albano Franco; e, o “Marés” (2011), que desmistificava o “herói” Zé Peixe, trazendo um olhar mais humanizado sobre o símbolo sergipano. Apesar de toda a repercussão que o Trotamundos Coletivo teve, não possuía patrocínio ou apoio de editais, e suas atividades se encerraram entre o final de 2012 e o início de 2013, por falta de recursos para sua sustentabilidade.
Principais trabalhos
Mercado 24h
Aracaju, 2011
Mercado 24h
Aracaju, 2011
Fotograma livre - Mercado
Aracaju, 2010
Fotograma livre - Mercado
Aracaju, 2010