Nascido em Salvador no ano de 1960, Álvaro Villela é dono de um espírito revolucionário. Começou na fotografia quando ainda era um adolescente, após assistir ao filme americano ”Sob Fogo Cruzado”. De início, sua carreira foi voltada para a fotografia publicitária, mas sempre buscou realizar um trabalho que demonstrasse sua personalidade e identidade. Encontrou na fotografia uma forma de conhecer a si mesmo e foi buscando as suas convicções que decidiu seguir na carreira de fotógrafo.
Com seus mais de 30 anos de carreira, Villela acumula diversas experiências e trabalhos na área. Já teve exposições individuais e coletivas em importantes museus e centros culturais do Brasil e do mundo, além de ter lançado alguns livros. Dentre seus trabalhos, recebem destaque o projeto Cuba dos Cubanos (2004), selecionado para o programa de arte visual itinerante do Serviço Social da Indústria (SESI-SP) e publicado no livro “Um Olhar Sobre o Mundo”; “A Natureza do Homem no Raso da Catarina” (2006), seu primeiro livro de fotografias, retratando a cultura e o povo sertanejo da região do Raso da Catarina. O livro foi considerado pela crítica especializada como um dos dez melhores da área em 2006 no Brasil e suas fotos foram expostas em apresentações por vários estados brasileiros como São Paulo, Recife, Porto Alegre, Salvador, Aracaju, Rio de Janeiro e Brasília, e fora do país nos Estados Unidos, na Alemanha e na Eslováquia. O ensaio “Faces” retrata as comunidades quilombolas e o distanciamento delas da matriz africana e foi incluído na exposição coletiva “Peso y Levedad” no evento “Photo Espanha 2011”.
Villela procura destacar povos e culturas de diferentes localidades da Bahia. Isso fica evidente quando observados os temas de seus livros: “A natureza do homem no Raso da Catarina", de 2007; “Careta, quem é você? Carnaval de Maragogipe” (2014), produção composta por registros da diversidade cultural presente no Carnaval de Maragogipe, no Recôncavo baiano; e "Faces" (2021), no qual o autor captura os rostos e o cotidiano das pessoas da Chapada Diamantina, após se mudar por dois meses para a região a fim de fotografá-la.
O fotógrafo já recebeu diversos prêmios como forma de reconhecimento. Em 2009, ganhou o 1º lugar no Foto Arte Brasília, cujo tema foi Natureza, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Foi selecionado para o TOP 50 - 2010 no PhotoLúcida – Portland/USA. Conquistou o prêmio do Salão Regional de Artes Visuais organizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, em 2011, na cidade de Porto Seguro e em 2014, recebeu o 3º lugar na categoria People no 8º concurso internacional Black and White Spider Awards.